segunda-feira, 7 de julho de 2008

A carta que não foi mandada


A carta que não foi mandada



Paris, outono de 73
Estou no nosso bar mais uma vez
E escrevo pra dizer
Que é a mesma taça e a mesma luz
Brilhando no champanhe em vários tons azuis
No espelho em frente eu sou mais um freguês
Um homem que já foi feliz, talvez
E vejo que em seu rosto correm
lágrimas de dor
Saudades, certamente, de algum grande amor

Mas ao vê-lo assim tão triste e só
Sou eu que estou chorando
Lágrimas iguais
E, a vida é assim, o tempo passa
E fica relembrando
Canções do amor demais
Sim, será mais um, mais um qualquer
Que vem de vez em quando
E olha para trás
É, existe sempre uma mulher
Pra se ficar pensando
Nem sei... nem lembro mais....

domingo, 6 de julho de 2008

A IMPORTÂNCIA DO DURANTE

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Entre o antes e o depois, há o durante

Onde tudo acontece

Mas quase sempre esquecemos, que no durante…

O tudo e o nada, acontecem ao mesmo tempo

E a nossa vida altera-se, num estalar de dedos

Mas nós…ignoramos o durante

Só pensamos no antes…e no depois

É aí…no durante…

Que reside todo o sucesso…

Ou insucesso, das nossas vidas

É aí…que tudo acontece.

AMOR AUSENTE

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O amor ausente…

Mas sempre presente

Dói mais!

Que a ausência…

Do próprio amor.

QUE ESTE AMOR VIVA EM MIM…

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Fui árvore, tronco seco, giesta…

Fui mar, tempestade, fui mendigo

Perdido, andei, buscando abrigo

Na imensa e atribulada floresta;

Porém, não desisti, de te encontrar

No deserto imenso, procurei…

Até que entre as dunas te encontrei,

E nunca mais deixei de te amar.

Hoje sou cama, onde o amor dorme

Nada temo, e tenho um orgulho enorme

E vivo este amor, com intensidade…

E na cama deitado às vezes choro…

Sentindo esta paixão, imploro…

Que este amor viva em mim…para a eternidade!

29-01-08

Mário Margaride

COBRE-ME DE BEIJOS E ABRAÇOS

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Quero que me cubras, com versos fascinantes
Que não ofusquem os carinhos que me dás
E ponham brilho naqueles instantes
Em que te quero, aqui, mas não estás.

Serão sinais visíveis, realçantes
Da tua presença, que tanto me faz
Imaginar de quando, juntos e amantes,
Criamos tempo, já que o tempo é fugaz.

Toma-me nu e simples como sou,
Cobre-me com teus beijos e abraços,
Que são as minhas “palavras” preferidas.

É o que quero em troca do que dou,
Quando, então, e livres de embaraços
Fundiremos, numa só, as nossas vidas.

Mário Margaride “PAPAGAIO”

COMO GOSTO...

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Como gosto…

De passar as mãos pela tua pele,
Os dedos pelos teus cabelos,
E adormecer nos teus braços.
Brincar com a língua no teu corpo
Ouvindo o som da tua voz,

E ficar ali…
Nos teus braços
Entregue às tuas carícias.
Com os lábios abertos
Esperando que a tua boca,
Toque a minha…
Num doce e terno beijo.

Depois…

Dizer baixinho ao teu ouvido,
Amo-te…

Papagaio-Mário Margaride

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Mário Margaride (Papagaio)


Percorri a estrada da vida e já cansado!
De tanto caminhar! Quase esgotei
Porém, sem desistir, continuei,
Viajando, com a esperança, ao meu lado.

De tanto percorrer, me habituei!
E por onde passei, já me esqueci
Mas de todas as estradas que percorri
Não esqueço por aquelas, que passei.

Enfrentei tempestades e marés…
Naveguei por entre tormentas e adamastores
Em busca de outros sóis, de outros amores
Andei, de porto em porto, aos pontapés…

Porém, quando terra firme avistei
Julgando a bom porto ter chegado
Olhei á minha volta, e então pasmado!
Não estava, onde julgava, me enganei.
Mário Margaride (Papagaio)