Num simples gesto de amor com um sorriso lindo
você me conquistou pude notar o presente perfeito de Deus
me concedendo a alegria de te amar.
Entre o antes e o depois, há o durante
Onde tudo acontece
Mas quase sempre esquecemos, que no durante…
O tudo e o nada, acontecem ao mesmo tempo
E a nossa vida altera-se, num estalar de dedos
Mas nós…ignoramos o durante
Só pensamos no antes…e no depois
É aí…no durante…
Que reside todo o sucesso…
Ou insucesso, das nossas vidas
É aí…que tudo acontece.
Fui árvore, tronco seco, giesta…
Fui mar, tempestade, fui mendigo
Perdido, andei, buscando abrigo
Na imensa e atribulada floresta;
Porém, não desisti, de te encontrar
No deserto imenso, procurei…
Até que entre as dunas te encontrei,
E nunca mais deixei de te amar.
Hoje sou cama, onde o amor dorme
Nada temo, e tenho um orgulho enorme
E vivo este amor, com intensidade…
E na cama deitado às vezes choro…
Sentindo esta paixão, imploro…
Que este amor viva em mim…para a eternidade!
29-01-08
Mário Margaride
Quero que me cubras, com versos fascinantes
Que não ofusquem os carinhos que me dás
E ponham brilho naqueles instantes
Em que te quero, aqui, mas não estás.
Serão sinais visíveis, realçantes
Da tua presença, que tanto me faz
Imaginar de quando, juntos e amantes,
Criamos tempo, já que o tempo é fugaz.
Toma-me nu e simples como sou,
Cobre-me com teus beijos e abraços,
Que são as minhas “palavras” preferidas.
É o que quero em troca do que dou,
Quando, então, e livres de embaraços
Fundiremos, numa só, as nossas vidas.
Mário Margaride “PAPAGAIO”
Como gosto…
De passar as mãos pela tua pele,
Os dedos pelos teus cabelos,
E adormecer nos teus braços.
Brincar com a língua no teu corpo
Ouvindo o som da tua voz,
E ficar ali…
Nos teus braços
Entregue às tuas carícias.
Com os lábios abertos
Esperando que a tua boca,
Toque a minha…
Num doce e terno beijo.
Depois…
Dizer baixinho ao teu ouvido,
Amo-te…
Percorri a estrada da vida e já cansado!
De tanto caminhar! Quase esgotei
Porém, sem desistir, continuei,
Viajando, com a esperança, ao meu lado.
De tanto percorrer, me habituei!
E por onde passei, já me esqueci
Mas de todas as estradas que percorri
Não esqueço por aquelas, que passei.
Enfrentei tempestades e marés…
Naveguei por entre tormentas e adamastores
Em busca de outros sóis, de outros amores
Andei, de porto em porto, aos pontapés…
Porém, quando terra firme avistei
Julgando a bom porto ter chegado
Olhei á minha volta, e então pasmado!
Não estava, onde julgava, me enganei.
Mário Margaride (Papagaio)